Para abrir esta nova fase dos X Games muitas competições tiveram o seu formato mudado, uma delas foi o Vert.
Para vencer o skatista precisava ser o melhor em três fundamentos, a manobra na borda, linha e o best trick. O objetivo principal era incentivar a evolução do esporte.
Com um caixote devidamente instalado no topo do Half Pipe, a competição começou com um nosegrind de Marcelo Bastos. Marcelo estava muito afiado em suas manobras. “Se ele andar como ontem, certamente ele leva o ouro,” disse André Ciwinski, um dos juízes da competição.
Mas Marcelo estava inconstante. Era absurdo ver ele acertar uma linha perfeita e na hora “ do valendo” errar exatamente a mesma manobra.
O sol estava escaldante. Todos os skatistas andavam e procuravam um lugar na sombra para se refrescar. O público no gramado mostrava cartazes dos ídolos e torravam no sol. Mas a cada descida eles eram recompensados com muitas manobras.“O importante é não deixar a manobra me vencer”, comentou Marcelo logo após a competição.”
“Nossa está muito calor,” disse Bob Burnquist pouco antes da competição. Bob teve que esperar alguns minutos para descer e acabou desperdiçando suas tentativas de acertar uma manobra na borda.O calor estava tão forte que o sistema de notas travou. Os IPads e computadores não aguentaram o sol escaldante. Isso atrapalhou a competição, pois os atletas tiveram que aguardar o sistema voltar para o ar.
Burnquist optou por abandonar a competição. O skatista cumprimentou cada um dos juízes e se despediu. Na transmissão, Bob reclamou do formato, falou que esperar o atrapalhou muito na fluidez das manobras. Bob também falou que o seu joelho não estava como deveria.
Com o sistema de volta no ar, cada skatista jogou uma linha mais insana que a outra. Andy voou muito, Marcelo foi para as manobras técnicas, mas errou bastante.
Bucky é um dos skatistas mais completos quando se fala em linha de 1 minuto. Sua volta foi impecável.
Para terminar a competição veio o Best Trick. Cozidos pelo sol, os skatistas poderiam ter pegado leve. Mas não foi isso que aconteceu.
Tom Schaar foi para a primeira tentativa, segunda, na terceira voltou um 900, perfeito, muito alto.
Marcelo estava em sétimo lugar. O brasileiro colocou um Backside hardheelflip 360°. Animal!
Sandro Dias dropou, pegou gás e partiu para o giro, 900 perfeito, um dos 900’s mais perfeitos que Sandro já fez.
“Eu gostei do formato,” comentou Bucky Lasek. “Só poderia ser mais curto”.
De listarmos todas as manobras feitas nesta tarde com o lindo visual das Cataratas do Iguaçu, a competição do Vert foi uma das mais técnicas da história.
Dois 900’s e muito mais...
540 body jars, nosegrinds reverse, hurricanes, sem contar o interminável número de manobras de flip.
Bucky com a medalha de ouro no pescoço sugeriu: “Talvez deveríamos ser um pouco mais old school. Esquecer IPads, computadores e confiar mais no papel”.
Como disse Rob Dyrdek, criador da Street League, formatos foram feitos para serem mudados. Foi uma tarde de muitas manobras e um alto nível de skate. Sandro Dias e Marcelo Bastos fizeram sua parte no show, mostrando que o Brasil continua mais forte do que nunca como uma potência mundial no skate vertical.
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